Um dos pontos abordados dizia que "não adianta discutir como fazer? se não se sabe para que fazer?" Essa parte da fala de Carrilho referia-se a importância de se ter clareza dos fins que se quer alcançar com determinado conteúdo de ensino e por vez com a educação. Certamente isto faz um diferencial muito grande quando se entende que a "educação é para a vida". Daí uma questão a se pensar é que vida é essa ou que realidade é essa que pretendemos construir ou que nossos alunos construam, vivenciem?
Um fato que não se pode esquecer dizia Carrílho é que a escola tem que ser "vida" e não "expectativa"
O que fundamenta esta idéia é o entendimento de "currículo como construção social". É pensar na ação de pessoas concretas e não idéias transcendentais, desvinculadas dos sujeitos produtores da ação concreta. Pensando deste modo havemos de convir que de fato os currículos escolares precisam passar por um processo de (re)significação. Isto é inegavel.
Mas, como fazer ísso? se também não se pode desconsiderar que no processo de construção social há forças sociais que formam o contexto na qual se insere a ação intelectual coletiva.
A ênfase primária de qualquer modelo de competência,não está nos deficits de SER, mas nos poderes de TORNAR-SE (William Doll)
Com essas palavras foi trabalhado o conceito de currículo relacional, isto é fruto da ação histórica construida numa relação coletiva e tem sua explicação no contexto em que é desenvolvido.
Como estrutura relacional supera-se o entendido de currículo como um composto agregado de disciplinas isoladas, incompativel com uma compreensão sistêmica da realidade bio-fisica-psico-social.
Essa compreensão pressupõe que tudo esta em relação. Os sistemas estão em relação entre si a tal ponto que se pode dizer do sistema de ESPAÇOS EM MOVIMENTO.
Agrega-se a esta, a compreensão de currículo como intervenção e ação subjetivas de docentes e discentes, interessados em dar sentido ao mundo em que de fato vivem (Greene e Young)
Currículo como processo transformativo de construção pessoal e social, composto por interações complexas, espontâneas.
Como então superar a estrutura curricular "disciplinarizada" nas atuais condições das escolas?
Este é um questionamento ainda sem resposta, mas o autor apresentou algumas pistas que discorrem sobre:
- Apoio formal e incentivo por parte da direção
- Ousadia pedagogica
- Competência profissional
- Convicção para enfrentar resistências
- Reuniões semanais para aprofundamento teórico, acompanhamento e avaliação
- Fundamentação teórica para enfrentar as dificuldades que forçosamente se introduzem novas práticas em sala de aula...
Vejamos o quadro apresentado pelo autor:
COMPETÊNCIA COGNITIVA | APRENDER A CONHECER | SABER FORMALIZADO |
COMPETÊNCIA PESSOAL | APRENDER A SER | SABER SER |
COMPETÊNCIA SOCIAL | APRENDER A CONVIVER | SABER CONVIVER |
COMPETÊNCIA PRODUTIVA | APRENDER A FAZER | SABER FAZER |
Com o quadro conclui-se que:
Não há competência sem conhecimento
Não é qualquer conhecimento que gera competência
Não é só o conhecimento que produz a competência
O Conhecimento necessário a competência é o conhecimento significativo.
Um dos caminhos apontados para (re)significação do currículo foi a metodologia de projetos.
Para dispor sobre o assunto foi proposto ao grupo a seguinte atividade:
1. Relacionar as competências necessárias a série/ciclo
2. Relacionar quais habilidade alcançaria a competência
3. Lista para cada competência pelo menos 05 habilidades
A realização da atividade provocou muitas reflexões assim como o estudo de modo geral e poder revisa-lo hoje me fez pensar que a forma como tentamos direcionar a organização curricular na escola Jonathas casa bem com a proposta aqui discutida.
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